No dia 19 de outubro deste ano, quando assisti à excelente palestra do Dr. Jairo Mancilha, “PNL Aplicada À Aprendizagem e Concursos”, senti a alegria de reavivar a minha memória sobre as minhas bem-sucedidas experiências com a Programação Neurolinguística, uma ciência que me abriu novos horizontes e que me fez provar da delícia que é ter a audácia de buscar fontes novas e saudáveis de conhecimento e lutar pela conquista de metas.
A Programação Neurolinguística, ou simplesmente PNL, originou-se nos anos 70 do século XX, a partir dos estudos dos americanos Richard Bandler e J. Grinder, e – usando uma definição da Wikipédia – consiste em “um conjunto de modelos e princípios que descrevem a relação entre a mente (neuro) e a linguagem (linguística – verbal e não-verbal) e como a sua interação pode ser organizada (programação) para afetar a mente, o corpo e o comportamento do indivíduo”. Intrigante, não? Pois, no ano de 2008, lancei-me ao desafio de empregar os conceitos da PNL com o objetivo de tornar-me uma mulher mais autoconfiante, elegante e saudável. E também, passei a desenvolver outro projeto que deveria entrar em consonância com o anterior: ser mais assertiva em minhas relações interpessoais, sobretudo no ambiente de trabalho. Percebi que já havia um plano consciente, mas não estava bem esquematizado. Com o auxílio do livro “Como Usar a Inteligência Emocional” de J. Seymour e M. Shervington, as ideias foram se organizando e o desafio começou a ganhar um empolgante contorno.
Já decidida, peguei a agenda, especifiquei as metas seguindo os pressupostos da PNL: uma meta sempre deve ser escrita, positiva, ecológica e dependente unicamente do idealizador. Trocando em miúdos: para que uma meta seja positiva, deve-se traçar a imagem do que se quer, como “eu quero atingir meu peso ideal,” ao invés de “eu não quero mais ser gorda”; pois, do segundo modo, a mente fixa-se na imagem oposta ao pretendido. A meta deve ser ecológica, ou seja, deve estar em harmonia consigo próprio e com os demais para, no balanço de perdas e ganhos, o idealizador não sair ganhando e outras pessoas perdendo e vice-versa ou ainda ele mesmo ter mais perdas do que ganhos em relação a si próprio. E o objetivo não pode depender de outras pessoas, como no caso da formulação da seguinte frase: “quero que meu chefe me dê um aumento até o final do ano.” A frase deve ser assim: “Pretendo melhorar meu desempenho profissional para aumentar as minhas chances de receber aumento até o final do ano.” Posteriormente, com a base de conhecimento adquirido no Curso Básico de PNL, ministrado pelo Prof. Cláudio Domingos, tomei também como princípio a meta SMART (ESPERTA).
A meta “SMART” representa um modelo para realização de metas desenvolvido em 1954 pelo economista Peter Drucker, nascido na Áustria e considerado o pai da Gestão Moderna. Esta fórmula vem, desde então, sendo incorporada amplamente no mundo dos negócios e já expandiu-se `as mais diversas áreas como educação, recursos humanos, desenvolvimento pessoal, etc. O modelo segue este padrão:
S (SPECIFIC) Específico
M (MEASURABLE) Mensurável
A (ATTAINABLE) Atingível
R (RELEVANT) Relevante
T (TIME BOUND) Temporal
A partir daí, formulei as duas referidas metas para serem cumpridas num prazo específico de 1 (um) ano (final de 2009) e fui à luta. Comecei, então, a trabalhar a minha fisiologia com toda a determinação. Estudei as fotos que ilustravam os variados tipos de postura e seus efeitos no interlocutor, que se encontram no livro citado e também na obra “Como se Comunicar Bem” de Robert Heller. Passei a andar com os ombros mais erguidos, olhar mais diretamente as pessoas, sorrir com mais frequência, deixar os braços mais relaxados e coluna reta. Comecei também a sentar-me mais ereta, embora esta seja uma das tarefas mais árduas para mim, até hoje… Quanto à conversação, passei a adotar um tom de voz mais firme e aumentar a velocidade das frases para garantir a eloquência. E quando a situação era propícia, usava um tom mais bem-humorado e afetuoso.
Resolvi investir na minha aparência, clareando o cabelo, escovando-o quase todos os dias e modifiquei um pouco o corte. Decidi, do mesmo modo, renovar meu guarda-roupa e fui às compras. Comprei blusas novas dos mais variados modelos e cores para ganhar um ar mais jovial e moderno. Comprei novos brincos, braceletes, anéis, bolsas e sapatos, inclusive de salto alto, que eram itens raros na minha sapateira há tempos atrás… Adquiri, em pouco tempo, quase todo o material necessário para compor meu novo “look” e o melhor: fiz toda esta parte sem comprometer as minhas finanças. Uma vitória. Entretanto, para atingir a minha meta de ser mais autoconfiante, elegante e saudável, eu precisava resolver um problema que atinge (e aflige) a uma parte expressiva da população mundial e sobretudo às mulheres: o excesso de peso. Eu sabia que, para emagrecer, eu precisaria demandar muito mais esforço do que me manter alerta à postura, ir ao cabelereiro ou gastar num shopping center.
Eu já havia tentado emagrecer em outras ocasiões e conseguido, mais perdia poucos quilos e voltava a engordar, passando pelo popular “efeito sanfona”. Pois, como apreciadora dos “prazeres da mesa”, quando imaginava que teria que viver fazendo regime, vinham logo à mente as imagens de alguns dos meus pratos prediletos, tais como lasagna de frango e spaghetti à bolognesa; lanches como coxinha de frango e rissole de camarão; doces deliciosos como brigadeiro ou pudim de leite. E como ficaria o meu querido chopp de fim de semana? Então, eu desanimava e o objetivo se desfazia. Esta situação perdurou por anos até que em 2008, passei por uma das conhecidas “agruras femininas”: senti que a maioria das minhas roupas já não me entrava mais. Além disso, quando me olhava no espelho, tinha a impressão de que meu rosto estava cada vez mais redondo… Foi quando associei o objetivo de emagrecer com o fato de que desejava, de fato, ser elegante e saudável. A partir daí, comecei a reduzir as quantidades ingeridas nas refeições e com a orientação de uma nutricionista, aprendi a substituir alimentos gordurosos por menos calóricos, dar intervalos de aproximadamente quatro horas entre uma refeição e outra e, no caso de lanches, comecei a trocar os salgadinhos por frutas e iogurtes. O melhor de tudo, não deixei de comer nada do que gosto; apenas dei espaços de tempo mais longos para ingerir os itens mais calóricos ou as bebidas alcoólicas, sempre em quantidades controladas. Consegui vencer a gula. UAU! Também, passei a movimentar-me mais, procurando andar, na medida do possível, distâncias maiores do que eu tinha por hábito e por mais tempo, inclusive em minha residência e na secretaria onde trabalho. Consultei, ainda, diversos outros tipos de médico para fazer exames, colher dicas e resultados para ter um controle preciso do meu estado físico.
Acreditem ou não, os efeitos foram quase imediatos. Fui mudando, literalmente, a olhos vistos. Tive, então, a impressão de estar passando por uma renovação diária com um grau de satisfação pessoal e “feedback” sem precedentes. Todos os dias, praticamente, passei a ouvir comentários e perguntas do tipo: “Como você está bonita!”, “Que elegância!”, “Que mudança!”, “Como você está diferente! Parece tão luminosa…”, “Está namorando?”, “Nossa, como você está bem! Até o seu jeito de falar está diferente…”, “Como você emagreceu! Está fazendo dieta?” “Gostei muito do seu novo look”, “Você parece até que rejuvenesceu!” E assim por diante… E quando penso que eu perdi quase 10 kg, na época, sem fazer “dieta da lua”, “dieta do abacaxi”, ou dieta de qualquer tipo, sem entrar em academia de ginástica ou tomar remédios para emagrecimento, considero esta realização mais do que uma vitória… Emagreci só com a PNL.
Recebi, em poucos meses, um número tão vasto de elogios como nunca tinha recebido em nenhum outro período da minha vida. Percebia diversos olhares de admiração. O número de “paqueras” elevou-se substancialmente. As pessoas que sabiam do meu curso começaram a indagar-me, inclusive, sobre a PNL. Além dos colegas se mostrarem mais receptivos, consegui, até alcançar algo que nem previra: chegar ao final de um ano sem nenhum conflito com qualquer pessoa, em meu horário diário de atendimento ao público. As evidências da mudança, portanto, foram claríssimas. A experiência resultou numa elevação de autoestima como eu tanto desejava dentro do tempo determinado. Posso afirmar com todo o contentamento: “Graças a Deus, eu utilizei as técnicas da Programação Neurolinguística para conquistar as minhas metas.”
Em termos de planejamento, cheguei à conclusão de que a minha meta, em si, atendera a todos os pressupostos relacionados à PNL: escrita, positiva, ecológica, dependente de mim e bem “esperta” (SMART) – comprovadamente específica, mensurável, atingível, relevante, e temporal. Portanto, pude constatar com a minha própria experiência a eficácia de um planejamento aos moldes do proposto pela PNL. Elementos, como organização, disciplina, automotivação e perseverança são, neste contexto, indispensáveis para quem se dispõe a mudar de comportamento. Assim, a PNL passa a ser um alegre e fundamental instrumento para a nossa realização pessoal, estimulando o fascínio que cerca nossos empreendimentos, tornando as conquistas de nossas metas em aventuras cada vez mais renovadoras, inspiradoras e, acima de tudo, extraordinariamente gratificantes.
E só para não esquecer: como valeu a pena ter assistido à palestra do Dr. Jairo! Só saí ganhando. Além das boas lembranças ainda passei conhecer a maneira de entrar na “roda da abundância”. Depois da explicação, o Dr. Jairo resolveu sortear alguns itens, uns quatro ou cinco, entre eles, o livro “Ser + com a PNL”. Eu estava muito interessada no sorteio e acreditei que ia ganhar aquele livro e, entre quarenta pessoas… não é que ganhei? Maravilhei-me. E ainda, saí com o livro autografado. A PNL não é mesmo demais?
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