Toda vez que um ano está para se encerrar, proliferam-se artigos sobre as resoluções que as pessoas tomam para o Ano Novo. E no fim de 2013 e início de 2014, até para minha admiração, todos os cronistas que eu li escreveram sobre o tema. E o pior é que este era exatamente o que eu tinha escolhido para inaugurar meu blog este ano. Então pensei: “E agora, que mais posso acrescentar? Será que sobrou algum ponto de reflexão inexplorado?” Ainda que tantos escritores já tivessem esboçado suas ideias, não resisti e insisti em escrever a minha própria versão. Afinal de contas, essa tinha sido uma das minhas resoluções de fim de ano… E entre as questões abordadas pelos autores, uma das mais recorrentes foi a desistência dos projetos depois das primeiras semanas de janeiro. Mais um motivo para eu não desistir dos meus. E a partir do meu primeiro curso de 2014 em Programação Neurolinguística (PNL) é que escolhi o assunto específico para compartilhar com vocês leitores: a de eliminar desculpas (esfarrapadas ou não) e seguir firme nos propósitos escolhidos.
Para evitar a procrastinação, um dos meus métodos prediletos é começar as metas traçadas para o ano seguinte já nos últimos meses do ano corrente, assim elimino qualquer possibilidade de “ir empurrando a meta com a barriga.” E foi com isto em mente é que me inscrevi, ainda em 2013, no curso de PNL do INAP com o ousado título “Acessando o Gênio Pessoal.” E justamente por soar ousado é que me encantei por ele. E sendo organizado pelo Dr. Jairo Mancilha, melhor ainda. Deste modo, entrei o ano com toda a determinação de aprender novas técnicas que têm por objetivo eliminar crenças limitantes substituindo-as por crenças empoderadoras. E entre todas as práticas que aprendi, quase todas interessantíssimas, uma das que mais me surpreendeu foi a denominada “Detonando Desculpas.” Com mais este título inesquecível na cabeça, fiquei a indagar-me: “Será que nos apercebemos de quantas desculpas damos a nós mesmos todos os dias?” Quando um dos instrutores do curso, Bruno, perguntou quais são as mais frequentes que ouvimos, as respostas emergiram: “Quando quero dar uma desculpa, digo logo que não tenho tempo.” Outros responderam: “Estou muito velho para isso,” “Ah, ando muito cansado,” ou então: “Isto é muito difícil para mim.” Com certeza, já dei muita desculpa deste tipo…
E assim, aumentou mais ainda a minha vontade de jogar as velhas desculpas fora, traçar com toda a convicção o passo a passo de meus projetos futuros e segui-lo sem titubear. Difícil é sempre todo o começo… Depois ao seguir o fluxo, a prática torna-se um hábito. Assim foram com as conquistas que alcancei nos últimos anos, tais como a decisão de participar de vários cursos, lançar o meu blog, aumentar o meu círculo de amizades, frequentar com assiduidade a Igreja, criar novas estratégias de execução de tarefas na minha área profissional, cuidar mais da minha saúde, entre outras atividades. Fazendo uma revisão geral destes projetos, percebi que quando, de fato, me decidia a partir para as realizações e acreditava que chegaria lá, eu automaticamente colocava o foco no resultado e as desculpas dissolviam-se no ar.
Mas, e quando as desculpas parecem predominar? Isso não é comum em todos nós? Aí, é que entra a importância dos exercícios. Tomando por base o AGP, uma das etapas-chave é pensar em alguma coisa em particular a que diríamos um forte “NÃO.” Podemos usar a imaginação. Poderia ser uma experiência passada à qual não gostaríamos de reviver nem por decreto-lei ou alguma situação pela qual detestaríamos passar como, por exemplo, ficar uma temporada no inverno da Sibéria, nadar entre tubarões, comer um prato de cobras, insetos e iguarias afins… Eu, por exemplo, lhes asseguro que eu nunca faria nenhuma dessas coisas, acho que nem ganhando em euro… Uma vez decidido o evento ou objeto de repúdio, temos que transpor a desagradável sensação para o obstáculo toda vez que ele quiser minar nossos objetivos. Depois vem a parte boa, pois em dupla praticamos a busca da determinação, a definição da meta, a utilização dos recursos necessários, a criação de âncoras das sensações positivas, a elaboração do plano de ação e a projeção mental da conquista no futuro… Depois, vêm a sensação de bem-estar e a certeza da capacidade de realizar nossos intentos. Resgatando a lembrança das experiências bem-sucedidas já realizadas é que podemos transportar a emoção causada pela satisfação da conquista que nos motivou a alcançá-las para as nossas novas metas. No final do exercício, vinha uma inexplicável sensação de prazer antecipado. Eu, particularmente, como gostei! E vocês, gostariam de experimentar?
O mais interessante é que embora os demais exercícios focassem no alcance das metas, na superação de barreiras e na fixação das resoluções até chegarmos ao nível de acessar o nosso gênio pessoal de forma automática, vi que todos de algum modo ajudaram-me a detonar as minhas desculpas. A prática de exercitar o desenvolvimento das estratégias com diferentes colegas, sempre em clima descontraído, foi fundamental. A troca de experiências, assim como a partilha de ideais, com cada um injetando ânimo no outro resultou em um efeito relaxante, positivo e até terapêutico. Foi mais do que suficiente para que eu decidisse realizar cada objetivo com muito mais motivação e autoconfiança. E é assim que pretendo permanecer…
Aí, sei que vem para mim a pergunta que não quer calar: “Já começou a colocar em prática o que aprendeu no curso?” Garanto a vocês que sim. E antes que comecem a questionar se já estou obtendo resultados, a resposta é novamente sim. Isso mesmo, sim. Porém, quanto à totalidade das conquistas, fico mais feliz de me lembrar que tenho todo o ano de 2014 para chegar lá. Afinal de contas, este foi o prazo que me dei para o pleno cumprimento das metas almejadas. E para matar qualquer curiosidade, só adianto que passei a fazer exercícios físicos cinco vezes por semana (quase um recorde para mim) e estou me esforçando para voltar ao meu peso ideal como já alcancei há alguns anos. Diz o blogueiro católico norte-americano Scott Richert que “fazer dieta é a mais popular de todas as resoluções seculares,” entretanto, como sou avessa às dietas, vou driblar um pouco a questão e usar meus próprios métodos, já reconhecidos (por mim mesma) como eficazes. Quem estiver interessado em saber quais são é só ler meu texto “O Uso da PNL na Conquista das Minhas Metas*,” publicado também no meu blog. Tarefa de leitura, aliás, que também passo para mim com todo o prazer. Quanto ao emagrecimento, podem cobrar-me no final do ano. Mas só no fim do ano, OK?
E lembrem-se que todas as vezes que tomarem alguma decisão para o ano seguinte, pensem quais desculpas podem atrasar ou mesmo impedir o processo de realização. Não importa se forem as decisões clássicas: “Vou entrar numa academia,” “Vou reservar mais tempo para a minha família,” “Vou controlar meus gastos”, “Vou reservar mais horas para o lazer” ou qualquer outra questão pessoal. É essencial que identifiquem e eliminem esses obstáculos internos logo no primeiro momento para que os sonhos não se limitem ao nível dos travesseiros. E, como também quero seguir o exemplo, vou acessar sempre que puder o pensamento desse gênio da sétima arte, o meu querido Charles Chaplin, como inspiração para o acesso do meu gênio pessoal: “Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.” Há desculpa que vença um pensamento positivo assim?
*Obs.: Para acessar “O Uso da PNL na Conquista das Minhas Metas” é só clicar no link: https://deborafontenelle.com.br/index.php/2011/11/05/o-uso-da-pnl-na-conquista-das-minhas-metas/
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