Após ler as reportagens “Em 2013, Brasil vira ‘potência’ das redes sociais” e “O Voo Sem Limites do Twitter” no site do Estadão e revista Época respectivamente, não parava de pensar no mundo da Web e não resisti em escrever sobre as minhas experiências virtuais, além de querer opinar sobre algumas novidades da Internet em geral. Para quem nada entende, pode pensar até que eu sou alguma expert nesses assuntos e para quem vive conectado, não consegue entender o meu ser. Na verdade, sinto-me sempre aprendiz do mundo tecnológico. Para terem uma ideia, não tenho computador de última geração, tablet, notebook, netbook, MacBook ou qualquer outro book, a não ser aquele de folhas impressas que em português chamamos tradicionalmente de “livro”. Como não fosse pouco, não aprendi a manusear aparelhos já fora de moda com MP3, MP4, não sei nada da família do “I” como Iphone, Ipad, Ipod, entre outros afins. Ai, ai, pode? Eu estou ainda aprendendo a usar um Pen Drive (!) e o Smartphone é um verdadeiro enigma para mim. Agora, podem perguntar-me, como você pode viver nos tempos modernos assim? E, ao mesmo tempo, aventuro-me a gerenciar um blog, fotoblog, contas de e-mail, receber newsletters, inscrever-me em tudo quanto é site, conversar pelo Skype e fazer múltiplas compras pela Internet. Em que tipo de usuária eu posso ser enquadrada? Ajudem-me a desvendar esse mistério…
Devido ao meu trabalho, estou sempre usando a Internet, mas em casa eu confesso que, muitas vezes, a última coisa que quero é olhar para a tela do computador. Aproveito para poupar a minha vista e garantir umas horas de sono mais tranquilas. Mas, quando entro na web, perco a noção do tempo e às vezes sou relutante em desligar o micro. Fico pensando assim: “vou ficar só mais um pouquinho…” E aí o tempo vai… Conectar ou desconectar: eis a questão. Sinto que quando estou conectada, eu me deslumbro com a infinidade de boas opções para acessar. Os sites do Hotmail, Gaudium Press, Anglotopia, BBC Brasil, You Tube, só para citar alguns, são grandes fontes de entretenimento e pesquisa das quais não dispenso na minha arte de navegar. Porque, se navegar é preciso, como dizia o poeta Fernando Pessoa, navegar com arte, informação e beleza, muito mais. Em matéria de redes sociais, sou mais do que amiga da modernidade e, sempre que posso, passo nos sites dos popularíssimos Facebook e Twitter para curtir, fazer comentários, mandar mensagens para amigos e personalidades ao redor do planeta, assim como ficar a par das novidades. Quanto ao Facebook, sempre ouço críticas de quem afirma que este site só existe para quem quer aparecer, não tem o que fazer ou gosta de fofoca. Nem ligo e procuro atualizar minha página semanalmente apenas para divulgar algo positivo, seja uma bela foto ou mensagem compartilhada. Apesar de todas as bobagens que encontro no Feed de Notícias, procuro sempre separar o joio do trigo e não cair em nenhuma rede de intrigas…
Já no Twitter, lamento não poder dedicar-me mais, pois considero esta rede a mais prática e também a mais criativa, uma vez que temos que nos expressar com os já famosos 140 caracteres. Vou treinando assim uma habilidade diferente que admiro muito: a capacidade de sintetizar o pensamento mantendo a qualidade do conteúdo. Entretanto, fiquei impressionada com a reportagem da Época quando mencionou que as pessoas estão mudando a sua maneira de assistir aos programas de TV. Agora, não basta mais ver. Os televisivos querem comentar tudo em tempo real e o Twitter transformou-se no veículo ideal para este novo tipo de espectador repleto de ansiedade. O artigo, inclusive, revelou que a Copa do Mundo elevou o site a um patamar inédito em termos de acesso e patrocínio, destacando o jogo Brasil 1 x 7 Alemanha como o mais comentado da História com nada menos que 36 milhões de tweets… E o mais incrível de tudo é que participei desta singular estatística. Só que em vez de tuitar em tempo real, fiz um retweet no dia seguinte. Tudo porque, simplesmente, não consigo ver um programa sem estar concentrada na tela principal. Portanto, assistir a TV com os dedos no computador ou no celular, dedicando-me a outras telinhas, nem pensar. Outra boa do twitter foi saber que as mensagens do Papa Francisco estão entre as mais divulgadas pelos usuários e pelo menos uma já tive o prazer de retuitar. Agora, outra emoção foi quando um comentário que fiz foi retuitado para mais de mil pessoas. Naquele momento, achei até uma honra. Afinal de contas, o primeiro retweet a gente nunca esquece… Surpresa ainda maior foi ver um usuário repassar um recente tweet meu para mais de 5000 seguidores… Quase não acreditei. Assim, descobri um novo prazer: o do pensamento retuitado.
Outra das minhas atividades prediletas é atualizar este blog e responder aos meus queridos leitores. Toda vez que publico alguma crônica, fico ávida em saber quem já leu e o que pensou sobre a leitura. Além de ver o texto publicado, é uma alegria igualmente recompensadora ler as opiniões. Por isso, faço questão de responder todos os comentários, um por um. Podem crer que não será diferente desta vez. Sou também viciada nos meus e-mails. Eu os consulto quase que diariamente com a mesma curiosidade dos primeiros tempos em que eu recebia piadas, fotos, sátiras de celebridades e políticos e uma série de variedades. Agora, tirando os indesejáveis SPAMs, os meus e-mails estão cada vez mais seletivos. Ainda bem. Só que, de vez em quando, ainda sinto saudades das risadas que eu dava com as piadas do Joãozinho…
Recordo-me também do tempo em que mal conhecia a Internet. Uma colega especialista em informática foi me apresentando alguns sites e uma das primeiras fotos que me mostrou foi a do meu galã predileto Richard Gere. Só que a imagem baixava assim: primeiro o topo da foto, depois os cabelos do Richard, a seguir parte do rosto, uns segundos mais tarde chegava até os ombros, aí baixava até parte do blazer e tome paciência até a foto preencher toda a tela do monitor. O download era feito no vídeo len-ta-men-te. (Dá nervoso só de lembrar). E pensei: Afinal, que graça tem ficar vendo foto pelo computador? Só que com a velocidade supersônica da atual Internet Banda Larga, é só colocar o nome dele no Google Imagens e em segundos podemos encontrar inúmeras fotos do Richard. Um deleite só.
Mas, uma coisa que nunca me atrevi a entrar foi em site de relacionamento em busca de par amoroso. Já fiquei sabendo que há até aplicativo de paquera como o Tinder que funciona mais ou menos assim: as pessoas baixam o app e a partir dos que estão cadastrados no Facebook podem paquerar o “perfil” mais interessante e que esteja localizado mais próximo e se os dois gostarem um do outro, o aplicativo avisa: “It’s a Match!” (=É um par!) e eles podem começar a interagir. Se a paquera antes tinha que começar com a troca de olhares e o destilar do charme pessoal até a esperada aproximação, hoje em dia, pode-se fazer o contato inicial através do olhar na tela do smartphone e no tocar das teclas… É o amor nos tempos da web. Se antigamente vários encontros aconteciam nas festas de HI-FI, hoje estão cada vez mais dependentes da WI-FI e dos aparelhos HI-TECH. Mais uma vez, ai, ai… E em etapa posterior, para não pagar ligação, os novos pares podem ficar trocando mensagens no WhatsApp. Há coisa mais hilária do que um romance virtual? Quanto às referidas práticas, não quero nem tentar.
Por enquanto, estou mais do que satisfeita com a maneira que uso a Internet. Teclo com moderação. Sem querer rotular-me. E, já que o Brasil é um dos países vistos como “potência” nas redes sociais, em que cada membro tem um número de amigos muito acima da média mundial, quero mais é continuar em contato com todos os que são amáveis e relevantes para mim. Saibam que nenhum clique agradável passará despercebido e nenhum tweet gentil será ignorado. Porque o carinho das pessoas queridas toca muito mais que a tela. Pois, uma boa palavra sempre continua a sensibilizar e nos convida a amar ainda mais no mundo real. Assim, eu afirmo: mesmo me sentindo meio como marinheira de primeira viagem com as novas descobertas nos mares virtuais, uma certeza eu tenho: não me aposento mais desta incrível arte da navegação…
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